Fatigado p’la lida, para a cama
vou à pressa,
O merecido descanso para os
membros cansados da travessia;
Mas eis que na minha cabeça uma
jornada começa
Assim que o trabalho do corpo
termina:
Pois os meus pensamentos – de
longe vindos –
Dirigem uma peregrinação zelosa
até vós,
E mantêm meus olhos sonolentos
bem abertos,
Fitando a escuridão que os cegos
vêem:
Salvo que a visão imaginária da
minh’alma
Traz a tua sombra à minha vista
cega
Que, tal como uma jóia suspensa
na noite aterradora,
Torna a negra noite bela e a sua
velha face novel.
Vede! De dia meus membros, à
noite minha mente
Por vós e por mim, nenhuma paz
encontram.
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