quarta-feira, 7 de março de 2012

The Tyger - William Blake




O Tigre

Tigre! Tigre! Brilho ardente
Nas selvas da noite incandescente,  
Que olho ou mão imortal ousaria
Moldar a tua feroz simetria?

Em que remotos abismos, em que céus
Ardeu o fogo dos olhos teus?
Sobre que asas ousou se elevar?
Que mão atreveu o fogo tomar?

E que ombro, e que saber
Foi os nervos do teu coração torcer?
E no primeiro pulsar do teu coração,
Que venerável pé ou venerável mão?

Qual o martelo? Qual a corrente?
Que fornalha te forjou a mente?
Que bigorna? Que garra?
O seu terror mortal amarra?

Quando os astros dardejaram,
E o céu com lágrimas inundaram,
Sorriu ao sua obra admirar?
Quem criou o Cordeiro a ti foi criar?

Tigre! Tigre! Brilho ardente
Nas selvas da noite incandescente,
Que olho ou mão imortal ousaria
Moldar a tua feroz simetria?




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